ÁLBUM (L)ESTE

O álbum (L)ESTE é o nono trabalho autoral do acordeonista Alejandro Brittes. Trata-se de um crossover entre seu ritmo de berço, o Chamamé, com a música barroca através dos arranjos de Brittes e do cravista Fernando Cordella, executados por uma orquestração primorosa entre instrumentos típicos do Chamamé em diálogo com os instrumentos barrocos. (L)ESTE é energia, experiência e conexão com a história musical aqui do sul da América Latina, um trabalho inédito, sendo o primeiro a ser lançado na América do Sul neste estilo.

DISCOGrAFIA

álbum: (l)este (2022)

Álbum (L)ESTE foi gravado ao vivo com uma orquestra de câmara composta por instrumentos barrocos de época como: cravo, oboé, viola da gamba, violoncelo, primeiro e segundo violinos, bem como os instrumentos folclóricos: violão de sete cordas, contrabaixo, percussão e acordeão.

A sonoridade das músicas busca representar a estética acústica de uma Igreja Missioneira colonial para que possamos viajar mentalmente até ela, é por este motivo que a gravação foi realizada na Igreja São José – La Salle em Canoas – Rio Grande do Sul. Toda a ambiência sonora também conta uma história e possui o propósito de nos conectar a uma caverna onde o homem primitivo começou a fazer música, pois, se, na sua origem, o Chamamé possui influência barroca, significa que podemos conectá-lo com o primeiro Ser humano que fez música.

O Álbum retrata os primórdios do Chamamé e do paradigma cultural a partir do encontro entre os guaranis e a música barroca, introduzida nos 30 povos missioneiros pelos padres jesuítas no período colonial Sul-americano, que foram as bases iniciais que gestaram o ritmo.

MÚSICOS:
Alejandro Brittes – Acordeão
Fernando Turconi Cordella – Cravo
André Ely – Violão de sete cordas
Carlos Eduardo de Césaro – Contrabaixo
Diego Schuck Biasibetti – Violoncelo solista/Viola da Gamba
Ricardo Arenhaldt – Percussão
Giovani dos Santos – Primeiro violino
Marcio Cecconello – Segundo violino

FICHA TÉCNICA: 
Direção Musical orquestra folclórica – Alejandro Brittes
Direção Musical orquestra Barroca – Fernando Turconi Cordella
Produção Executiva/Direção de produção – Magali de Rossi
Gravação e Mixagem – Fabiano Turconi Cordella
Masterização – Luciano Vargas (Estúdio K30)
Fotografia/Direção de vídeo – Eduardo Rocha
Assistente de gravação – Lorenzo Cordella
Road – Diego Vinício Vogt
Roadie – Matheus Osório Goelzer
Criação gráfica – Marcelo Moraes
Gravado na Capela São José – Igreja La Salle | Canoas/RS

Viabilizado pela Lei Rouanet – Pronac 182590 

PATROCINADORES:
Auto Pratense, Grupo Bugiu, Rio Grande Seguros e Previdência
e Tintas Killing.

el viento y las hojas (2013)

O Disco “El viento y las hojas” é composto por treze músicas instrumentais, em sua grande maioria de própria autoria, mas também há uma música de composição do acordeonista brasileiro Bebe Kramer chamada “Hermanos Flores”, em que Alejandro decide gravar, pois é uma homenagem de Kramer à Nini e Rudi Flores; Nini foi professor de Alejandro no começo de seu estudo com o acordeón, sendo assim, Alejandro também presta uma homenagem ao seu mestre.

Podemos dizer que nesse CD destacam-se duas músicas: “El viento y las hojas” e “Mi cielo”. Uma característica marcante da discografia de Alejandro Brittes é que nenhum disco se assemelha a outro e todos possuem uma variação sonora e músicas inéditas. Neste sentido sobressaem-se  as músicas “El viento y las hojas e Pata y Muslo” sendo estas, de melodia e harmonização distintas. Os rítmos que compõem o trabalho São: Chamamé, Shotis, Vals e rasguido doble.

Um grande diferencial desse disco é a aproximação com o sotaque musical brasileiro pela presença dos jovens instrumentistas do Rio Grande do Sul, André Ely, Lucas Rocha e Diego Muller.

“El viento y las hojas” foi gravado pelos músicos; no violão sete cordas, André Ely e Lucas Rochas; no baixo, Juan Ignácio Peralta; no violino Marcos Press; na viola, Ignacio L. Porjolovsky, violoncelo; Julian Ignacio Arellano e no Cajon, Diego Muller.

O disco marca o desenvolvimento musical de Alejandro com a música erudita. O álbum é um ensaio em que três músicas foram arranjadas para uma orquestra de câmara. El viento y las hojas, relembra Buenos Aires, possui uma estética porteña e uma levada moderna, com certa melancolia, e ao mesmo tempo força.

puro chamamé (2010)

Puro Chamamé homenageia os brasileiros que abriram portas para Alejandro e sua música, quando da sua chegada ao País. Nesse CD, Alejandro seleciona várias músicas de seus discos anteriores para demonstrar seu agradecimento pelo carinho recebido.

herencia chamamecera (2008)

O disco, como diz o nome, Herança Chamamecera, é um resgate de como se tocava Chamamé nos anos 40 a 70 do século 20. Alejandro, nesse disco, convida dois grandes nomes chamameceros que tocaram com ícones da velha guarda do ritmo, como é o caso de Jorge Toloza que foi cantor do grupo de Ernesto Montiel, Damásio Esquivel e Abelardo Dimotta, e Luis Santa Cruz, que tocou bandoneón com Roberto Galarza, Julio Luján, Ramona Galarza e Emílio Chamorro.

O projeto musical primou por reproduzir o quarteto típico de Chamamé: Acordeón; bandoneón; guitarra; baixo e voz. Que vai muito além da ideia de “quatro”, mas sim, do diálogo musical entre quatro mãos; neste caso, mão direita e esquerda do acordeón com o bandoneón,  que se vale da mesma técnica.

Podemos dizer que “ Herencia Chamamecera” é uma orquestra propriamente dita, onde  sua composição de instrumentos substitui uma  orquestra camerística, típica do período missional nas terras baixas. Esse formato tão único do Chamamé foi criado por Ernesto Montiel, que emplacou essa maneira tradicional de execução de suas composições e que até hoje é muito bem aceita pelo público chamamecero.

Outro destaque deste trabalho é a música “Gallo Sapucai” em o renomado cantor chamamecero Jorge Toloza participa da música com sua voz e sendo esse convite uma demonstração do carinho e amizade de Alejandro com os pioneiros do Chamamé.

por la misma senda (2006)

Por la misma senda quer dizer pelo mesmo caminho, assim, se define o álbum. Esse disco debuta nas músicas Boquita de Miel e Cuando vuelvas a irmã de Alejandro, Irene Brittes. O disco presenteou o público com algumas músicas, que até hoje são pedidas em shows, como: Toro mocho e Ofrenda a tus ojos. Para os românticos de plantão, a música Me dejo su perfume é um deleite. Alejandro também resgata clássicos como é o caso de Cambá Cuá (Bairro de negros) uma música que retrata a festa de San Baltazar que é realizada no bairro que leva o nome da música, em Corrientes AR. Podemos dizer que Alejandro dá uma nova interpretação ao tema, explorando a baixaria do acordeón de maneira percussiva, lembrando uma festa de negros. Essa novidade, esta relacionada ao entendimento que Alejandro possui de que a característica de tocar o lado esquerdo do acordeón de modo percussivo é herança das comunidades tradicionais negras do nordeste argentino.

pal’taconeo (1998)

Esse álbum é  marcado por afetividade. Duas músicas autorais levam  Alejandro ao ninho familiar, com Márcia, sua mãe;  e mês de Julio…recuerdos, pois julho é o mês de aniversário dos irmãos Brittes (Irene e Alejandro).
Nesse disco, Alejandro inicia a compor músicas com estilo crossover entre o Chamamé e o erudito; como é o caso do tema “Desde Buenos Aires”.Sua inclinação erudita vai além da herança do conservatório de música onde  estudou,  é um gosto pessoal.

 

ganadores del pré cosquin de oro (1996)

Álbum divisor de águas para a carreira do artista. Após ganhar o maior festival de música folclórica da América Latina, como solista instrumental, o Festival de Cosquin em Córdoba, na Argentina, o disco sai do forno, e com ele, Alejandro ganha seu mérito como músico. Um K7 de dois lados, em sua maioria com temas autorais, sendo a música “El Pihuelo” a música central do disco e a mesma que deu a Alejandro o prêmio em Cosquin. É um disco envolvente, carregado de muita energia. Podemos dizer que aqui começa a se definir a identidade e o toque musical de Alejandro.

Vale destacar, que, − Pihuelo é uma parte da espora usada pelo gaúcho para montaria−; é a peça que suporta a estrela (circular e com recortes). O rasguido doble, ritmo da música, é para dançar,  a música leva esse nome porque los gauchos tendem a ir aos bailes vestidos tradicionalmente e as esporas fazem barulho quando o bailarino sapateia.

a la luz del candil (1992)

O disco é uma homenagem a sua avó, que era guarani; possivelmente Mbyá de Santo Tomé, antiga Redução Jesuítica colonial. Candil é uma espécie de lampião, e sua luz era a única que iluminava a “casíta” de barro e palha afastada do barulho urbano. Neste trabalho, Alejandro começa a apresentar-se como compositor, intercalando obras pessoais com as dos grandes chamameceros. No  lado A do K7, de cara, temos a música “El desafiante” uma obra que agradou muito e que até hoje é muito escutada em rádios. Pra quem gosta de Chamamé tradicional, esse disco é um prato cheio.

 

Por la senda chamamecera (1991)

Primeira gravação da carreira. Podemos exemplificar como disco debutante, pois, Alejandro Brittes possuía apenas 15 anos de idade. Como desde sempre se identificou como músico chamamecero, o álbum é a prova cabal, pois o trabalho contém várias músicas de grandes nomes do Chamamé como: Ernesto Montiel, Transito Cocomarola, Mario Mellian Medina, Fito Ledesma, Constate Aguer, Ruben Miño e Avelino Flores. Como ele mesmo diz, é um disco sendo tocado por uma criança, contudo, seu estilo começa a engatinhar.

SINGLES

Single El Carau (2024)

Chamamé de recopilação de Emilio Chamorro, trata-se de um resgate do folclore argentino. Alejandro cria novos arranjos e dá uma nova roupagem a música! Neste tema Brittes entrega todo seu amor ao ritmo e desborda toda a sua magia na execução solo do acordeón acompanhado por uma sonoplastia especial criada especialmente para esse trabalho pelo produtor musical Luciano Vargas.

Single Agreste Bermejo (2023)

Uma homenagem à festa realizada pelo amigo Javier Yulan ao santo popular Gauchito Gil que ocorre no dia 08 janeiro no Chaco Impenetrable. A festa ocorre no meio da selva densa e nela é aberta uma clareira para recriar uma “pista” de baile, e os festejos são regados a Chamamé e a Chacarera.

Single Terracota (2023)


A palavra terracota tem origem italiana, que designa um tipo de cerâmica muito rígida e extremante durável. A argila empregada possui uma qualidade estupenda, além das demais argilas para confeccionar objetos. Pode ter diversas cores, desde branca, creme e vermelha e é utilizada desde sempre na história da humanidade para retratar formas e utensílios, estátuas, vasos, etc. Alejandro entende  que o nosso Chamamé é igual à terracota, perdurável, pois a essência ancestral que navega na memória de nossos músicos chamameceros é de uma qualidade sem igual; bagagem de nossos guaranis e do Barroco trazido pelos Jesuítas. Hoje, da mesma maneira que a terracota, ele, o Chamamé, toma diversas cores e formas, mas continua tendo a mesma essência.

Single Laberintos (2022)


Alejandro, foi conhecer uma montanha muito única no Brasil. Realizando uma trilha em meio a mata, perdeu-se em um LABERINTO (ES) natural por 46h. Ao adormecer, sonhou que um Ser o conduzia até uma estrada, e ao despertar, seguiu o caminho do sonho encontrando a saída. Essa música reflete a experiência transcendental de conexão com o universo. Essa música possui uma levada um pouco diferente uma pitada de Jazz tanto em seus arranjos quando da pegada da Bateria de Oscar Giunta, é um dos grandes nomes do Jazz argentino que participa da faixa como músico convidado. Além Oscar, o single foi gravado com os músicos André Ely no violão de sete cordas e Carlos de Césaro no contrabaixo. Se você pegar um carro e for viajar, tome cuidado, pois você irá acelerar mais que o normal.

Single 15 de Mayo (2023)


Uma homenagem ao meu amigo e músico Izidro Rodriguez por ter me acompanhado em muitos dos meus sonhos e por ter me ensinado sobre a vida. No single me acompanham, André Ely no violão de sete cordas e Carlos de Césaro no contrabaixo.

Single Ala Ancha (2022)


Ala ancha, quer dizer chapéu com aba larga. Inspirei-me no paisano que carrega seu chapéu como um santuário, seja em seu oficio como peão, seja quando esta na cidade longe de seus afazeres, ele e seu chapéu carregam entre si memórias inseparáveis.

Single Un mate y la distancia (2022)


O nome já diz: Um mate e a distância, a distancia entre todos e tudo gerada pela pandemia em que a saudade de compartilhar um mate com amigos e família foi um dos sentimentos mais devastadores do período. O mate é símbolo de reencontro de compartilhar além da bebida, de origem guarani e popularizada na tradição do Sul do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, ela é sinal de amizade. O Chamamé, foi comporta em “tom” menor, oque da a esse single uma melancolia e ao mesmo tempo esperança.

Single Maga (2023)

Essa música fala-me muito! É uma homenagem a minha companheira de vida e de trabalho, Magali de Rossi. Já disponível em todas as plataformas de streaming.

Single La colorada (2022)


Podemos dizer que essa música se trata de homenagem. É um chamamé dedicado ao seu acordeón, “A vermelha”. A Lara, como intimamente é chamada, foi dada à Alejandro quando ele tinha apenas 3 anos de idade pelo acordeonista argentino Fito Ledesma, segundo o “Tio Fito” como Alejandro o chama até hoje, percebeu que seria acordeonista muito jovem. Como esse acordeón, foram compostos Chamamés célebres como a música, El guazuncho de Ernesto Montiel e Fito Ledesma. É um instrumento que possui 75 anos de idade, e, todavia, acompanha os sonhos de Alejandro, e é nela que ele esparrama toda a sua emoção que é transformada em melodia e arranjos.

Single Raíces del alma (2019)


Esse single, Alejandro compartilha a criação autoral com Lúcio Yanel, violinista argentino que mudou a forma de se tocar o violão no Rio Grande do Sul. Também conta com a participação do maestro Raúl Barboza, acordeonista chamamecero, um dos grandes nomes do gênero. Raíces del alma representa acima de tudo, a identidade de Alejandro, que além de o identificar está enraizada em sua essência humana. O single foi gravado em Buenos Aires no estúdio Ceibol e Mixado no estúdio K30 em Porto Alegre.

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